VANCOUVER — Cidade Sustentável
CONTEXTO HISTÓRICO
Vancouver é uma cidade localizada a oeste do Canadá entre as Montanhas Rochosas e o Oceano Pacífico. Com estações bem definidas e temperaturas amenas durante o ano todo, a cidade permite o aproveitamento de uma vida ao ar livre sem grandes esforços. Atualmente, Vancouver, possui uma população de cerca de 675 mil habitantes, que apresentam grande variedade linguística e étnica. Há grandes proporções de residentes que não falam as línguas oficiais do país, o inglês e o francês.
Vancouver também é conhecida por ter diversas instituições de ensinos de qualidade, com universidades fulgurando entre as principais do mundo.
Mas este não é esse o principal chamariz da cidade, Vancouver é conhecida por estabelecer um padrão de qualidade de vida elevado e por ditar tendência quando o assunto é integração entre homem e meio ambiente. Recentemente foi considerada e melhor cidade das américas para se viver e a terceira melhor do mundo, segundo Mercer[1].
Esse protagonismo não vem de agora, é uma construção histórica que tem no seu caminho alguns feitos importantes que neste texto se iniciará a análise com a fundação do Greenpeace em 1971.
Em resposta a teste de armas nucleares estadunidenses em ilhas próximas ao Canadá, jovens ativistas/ecologistas que se sentiram ameaçados por supostos tsunamis que poderiam surgir, fundaram em Vancouver, o Don’t Make a Wave Committee, que mais tarde daria origem à Organização Não Governamental com ativismo ambiental a nível mundial chamado Greenpeace.
A partir daí vários acontecimentos e planos importantes marcaram a história da cidade no sentido de trazer organização do espaço urbano e seus desafios. Alguns deles são normas de Zoneamento e Desenvolvimento; mudanças de atitude com em relação gestão de resíduos sólidos urbanos, trazendo a população para participar ativamente do processo de reciclagem, incineração e disposição em aterros sanitários; Aumentos de áreas verdes nas cidades; Elaboração de plano de incentivo ao comércio local; Implantação de equipamentos públicos em bairros distantes do centro, entre outros.
A grande transformação da cidade surge mesmo na década de 80 e 90. Em 1986, quando sediou a Expo 86 (Exposição Mundial de Transportes e Comunicação), Vancouver recebeu grandes obras e sofreu grandes mudanças estruturais para receber o evento de duraria quase 6 meses e atrairia cerca de 20 milhões de pessoas, fazendo com que a vida urbana local se tornasse intensa, dinamizando a economia e transformando negócios temporários em permanentes.
A sua transformação para a cidade mais verde do mundo começa a partir do início dos anos 90. Quando iniciou grandes mudanças em suas políticas públicas de longo prazo.
O primeiro trabalho publicado é um relatório que objetiva reduzir emissões de gases do efeito estufa através de aumento da densidade de ocupação e do melhor desenvolvimento da cidade por uma força tarefa.
Com 172 páginas, chamado “Clouds of Change”[2], é um dos pioneiros, com uma visão bastante avançada do reconhecimento do problema e soluções de mitigação. O documento trás em seus capítulos as questões das mudanças climáticas e suas consequências, sugestões de ações para redução das emissões, gestão de transportes públicos, uso do solo, aproveitamento e conservação energética. Em um relato[3], o coautor do relatório Gordon Price disse que “We argued a lot; there were doctrinaire leftists and rightists but we all had a common goal: to see if a city like Vancouver could change and make a difference” (“Argumentamos bastante; havia doutrinações de esquerda e de direita, mas todos tínhamos um objetivo comum: ver se uma cidade como Vancouver poderia mudar e fazer a diferença”).
Porém, aquele relatório não teve grande adesão do público, ainda que elogiado por acadêmicos e poderes constituídos, muito pouco dele foi implementado, mas abriu portas para o que seria um dos planos de ação mais bem sucedido do mundo, na questão das cidades, The Greenest City Action Plan (O Plano de Ação Cidade Mais Verde), lançado em 2012. A estratégia usada para a criação do plano é o engajamento, de cidadãos comuns, empresas privadas e poder público local, acompanhados de especialistas. O plano estabelece basicamente 10 metas que deveriam ser alcançadas até 2020.
Na sequência deste relato, serão detalhadas todas as 10 metas do Plano “Greenest City” e suas principais influências no território, ilustrando sempre que possível. Também será comentado sobre as decisões seguintes ao “Greenest City” e como as discussões têm transformado Vancouver em uma cidade modelo quando o assunto é desenvolvimento sustentável.
[1] Disponível em: https://mobilityexchange.mercer.com/insights/quality-of-living-rankings. Acessado em: novembro de 2021
[2] Disponível em: https://static1.squarespace.com/static/50eb197ae4b0955e46032aa2/t/5a0e85dd085229ac6654b068/1510901255986/Clouds-of-Change-Volume1-and-Volume2.pdf. Acessado em: novembro de 2021.
[3] Disponível em: https://pricetags.wordpress.com/2013/01/25/clouds-of-change-report-online-with-thoughts-from-a-venture-capitalist. Acessado em: novembro de 2021.
OS PRINCIPAIS PLANOS
1 . The Greenest City Action Plan[1]
Lançado em 2012, o Plano “Greenest City” estabelece metas e objetivos bem claros e o mais importante, define métricas para monitoramento do andamento ao longo dos anos, até 2020. Ele atua sobre 3 elementos básicos de uma cidade: Energia, Transporte e Construção. Transformando-os em aspectos centrais para a alteração mais verde (redução da emissão de carbono), voltada a recursos renováveis e redução do impacto ambiental diante dos seguintes eixos: Economia verde, climático e renováveis, construções verdes, transporte verde, zero desperdício, acesso a natureza, água limpa, produção local de comida, ar puro e baixa pegada de carbono.
1.1 Economia verde
O primeiro eixo de destaque do plano coloca uma meta de dobrar o número de empregos verdes atuando em estratégias de “desenvolvimento econômico comunitário”, “capacitação, educação e treinamento” e “Transformar ambientes de trabalho mais ecológicos”. Na prática são incentivos fiscais, investimento em tecnologias sustentáveis e organização do espaço urbano para permitir que se tenha alternativas que lidem com as necessidades e especificidades locais.
1.2 Climático e renováveis
Este eixo trouxe uma meta ambiciosa de redução de 1/3 das emissões de gases do efeito estudo em relação aos níveis de 2007. Tem seus esforços voltados, principalmente para a utilização de fontes de energias renováveis, reaproveitamento de resíduos sólidos e redução de consumo de materiais descartáveis.
Talvez o exemplo mais claro desta ação seja a construção de um sistema de recuperação de calor do esgoto para aquecimento de prédios no bairro de Southeast False Creek (SEFC)[2]. Esta ação reduziu a emissão de CO2 em 3.500 toneladas, o equivalente a 928 carros, até 2017[3]. Na Figura 1 abaixo é possível ver a rede de distribuição de aquecimento.
1.3 Construções verdes
Vancouver planejou que a partir de 2020 todos os prédios a serem construídos na cidade deverão ser neutros em emissão de carbono e que a redução de energia usada pelos existentes deverá diminuir em pelo menos 20% (em relação a 2007). Com este eixo, o plano ataca os principais emissor de carbono de Vancouver que são os edifícios, responsáveis por mais da metade das emissões da cidade.
O prédio de maior destaque de Vancouver que tem certo simbolismo para quando o assunto é construções verdes é o Vancouver Convention Centre (Figura 2). Com um telhado vivo de mais de 2,4 hectares, tratamento de água no local e sistema de aquecimento e resfriamento de águas.
1.4 Transporte verde
Estabelece a meta de fazer com que a população se desloque, majoritariamente, utilizando passeios a pé, bicicleta ou transporte público e reduzir os deslocamentos realizados por carros particulares em até 20% (em relação a 2007). Para isso, Vancouver se propôs a tornar vias de tráfego de bicicletas mais seguras, convenientes, confortáveis e acessíveis a todas as idades. Além disso, também se põe a fazer um grande investimento em aumentar número de veículos e as rotas do transporte público.
Vancouver possui por volta de 325Km de ciclovias[6], essas todas integradas com transportes público (Figura 3), isso permite que grandes distâncias podem ser percorridas sem grandes desafios. Uma notícia curiosa que relaciona uso de transportes para deslocamentos na cidade com a pandemia da Covid-19, traz evidências de que o grande modal impactado por essa doença foi o transporte coletivo, caminhadas e deslocamento de bicicletas não foram afetados significativamente[7].
1.5 Zero desperdício
Este eixo colocou metas de redução de resíduos, que são encaminhados para aterros ou incineradores, em 50% (em relação a 2007). Os planos de ação estão baseados na educação da cultura do consumo, redução e reutilização sempre que possível, instrução sobre utilização de composteira e reutilização de resíduos da construção civil.
Vancouver possui um controle rígidos de descarte de resíduos sólidos, descartes inadequados podem gerar multas. Recentemente, a cidade proibiu a venda/consumo de embalagens de isopor, copos plásticos e canudos através de um plano aprovado em 2018, chamado Zero Waste 2040 [8] (Desperdício Zero para 2040). Este plano estabelece metas ainda mais ambiciosas para chegar à eliminação total de resíduos sólidos (Figura 4).
1.6 Acesso à natureza
Aqui estabeleceu-se metas de que todos os moradores da cidade Vancouver deveriam ter acesso a um parque ou qualquer tipo de área verde a menos de 5 minutos de deslocamento a pé. Além disso, foi assumido um compromisso de se plantar 150 mil arvores até 2020.
Para atender essas metas, passos importantes têm sido dados na reestruturação urbanística da cidade. Arborização de ruas e aumento do número de parque e áreas verdes tem sido fundamental também para diminuição dos efeitos do aquecimento local da cidade (Ilhas de calor), redução da poluição sonora e visual, melhora da qualidade do ar e até aumento área de abrigo da fauna local. O mais famoso dos parques de Vancouver é o Stanley Park, mas a cidade conta com cerca de 300 espaços dedicados a preservação da natureza (Figura 5).
1.7 Baixa pegada de carbono
O plano propôs neste eixo reduzir a quantidade de recurso que a população necessita da capacitação de moradores das comunidades para que tomem decisões no sentido de promover a cultura de cultivo de alimentos, preservação do meio ambiente e consequentemente da fauna local e manutenção do Plano Cidade Mais Verdes.
Não há dúvida do poder transformador das pessoas, e neste sentido, até o momento o plano tem surpreendido principalmente pela quantidade de pessoas envolvidas com o Plano. A Figura 6 traz ilustração do gráfico exibido no site da cidade de Vancouver que contabiliza a quantidade de pessoas envolvidas em ações desse eixo.
1.8 Água limpa
O eixo de águas traz dois grandes desafios para o programa, o primeiro é de tornar toda a água em potável, atendendo os mais rigorosos padrões de qualidade internacionais. Já o segundo trata-se de reduzir o consumo per capita em 1/3 (em relação a 2006).
Dados de 2019 demonstraram que dos diversos pontos amostrados neste ano, Vancouver não registrou qualquer amostragem em que a água estivesse fora dos padrões de potabilidade. Vale ressaltar aqui também que na cidade a água é considerada um bem público, ou seja, não pode ser cobrada.
1.9 Ar puro
Da mesma forma que o eixo de águas, este trouxe o desafio de tornar todo o ar da cidade limpo, respeitando os padrões estabelecidos pelo poder público e pela Organização Mundial da Saúde. E para isso atua em ações de incentivar o uso de veículos elétricos, regular queima de madeira (Para aquecimento de residências, por exemplo) e estabelecer estruturas no planejamento urbano, integrado com a região em que a cidade está inserida, contando com colaboração e apoio de outras agentes de controle e qualidade do ar.
1.10 Produção local de comida
Último eixo a ser destacado do Plano Cidade Mais Verde, este estabeleceu ao menos um incremento de 50% a mais na produção local de comidas que os valores monitorados em 2010. Este eixo é um que não só influência em uma série de questões voltadas para os eixos anteriormente citados, como diminuição de deslocamentos para distribuição dos alimentos e engajamento das comunidades da cidade, mas também gera um fator determinante para o sucesso das implementações de políticas que é a geração de renda para produtores locais e a dinamização a economia.
Em Vancouver a produção local de alimentos está implementando hortas em ambientes escolares, parques públicos, espaços de lazer e até mesmo em ambientes urbanos particulares com a criação (Com regras) de animais, como galinhas e abelhas.
Como pode ser visto, neste breve resumo, os eixos são bem claros, as metas são todas mensuráveis. O relatório que exibe Plano de Cidade Mais Verde [10] realmente é bem acessível e convidativo a reflexão. Além disso, acompanhamentos são disponibilizados com atualizações anuais através de Dashboards sucintos e com linguagem simplificada, possibilitando que quem não tenha domínio técnico das informações possa acompanhar sem grandes desafios.
Em 2015, o plano passou por algumas atualizações, entre elas uma melhor organização das metas separada em 3 grandes propostas: zerar carbono, zerar resíduos e promover ecossistemas saudáveis. Nesta atualização foi divulgada que 80% das metas estimuladas para 2020 já tinham sido alcançadas naquele ano e que 50 novas ações seriam concluídas até 2020.
Apesar de este ser o plano de maior visibilidade na cidade, Vancouver teve outras diversas ações que influenciaram no que a cidade é hoje, o Acordo de Vancouver [11] é um deles. Resumidamente, este acordo discute soluções para melhorias da região central no início dos anos 2000, através de aprofundamento do entendimento de problemas sociais, do tráfico e uso de drogas e do aumento da criminalidade. Vale destacar que neste acordo se chama para a discussão dos problemas e desenvolvimento de um esforço colaborativo de soluções, não somente o poder público local, mas envolve também entidades regionais e até mesmo o governo federal.
Vancouver está tão na vanguarda quando a questão é planejamento da cidade que deu até origem a um termo muito usado por planejadores urbanos, o Vancouverismo. Este nome se deu basicamente pela capacidade de Vancouver em lidar com situações complexas de cidades interligando bairros, preservando a diversidade populacional, promovendo a responsabilidade ambiental, gerando renda, diversificando o uso de transportes e inovando com a utilização de energia mais sustentáveis.
E a cidade não para por aí. Como foi dito anteriormente o Plano Cidade Mais Verde determinou metas e desafio até 2020. Portanto, o que vem agora? The Vancouver Plan (O Plano Vancouver).
2 . The Vancouver Plan (O Plano Vancouver)[12]
Este plano está atualmente em processo de elaboração e pensa a cidade para os próximos 30 anos. A ideia é ouvir a população traçar os principais temas e definir prioridades dentro dos seguintes temas:
- Habitação
- Ação Climática e Sustentabilidade
- Emprego e Economia
- Meio Ambiente
- Transporte
- Bem-estar social
- Comodidades da comunidade
- Artes e Cultura
- A infraestrutura
O sucesso dos planos, como já dito inúmeras vezes, não se trata somente de estabelecer metas e objetivos claros e monitorá-los, também é necessário o engajamento das pessoas e neste ponto o plano envolve, antes do estabelecimento do plano, 4 fases que são assim descritas:
Fase 1 — Ouvir e Aprender + Recuperação
Este faz parte da primeira rodada de audições da população com a finalidade de definir diretrizes mais genéricas. Segundo o plano, foram ouvidas “…as esperanças, preocupações e aspirações de mais de 12.000 moradores, funcionários, empresários e visitantes”.
Os resultados dessa etapa, conforme apontam os relatórios[13], sinalizam o começo de uma cidade hostil para quem tem possui renda menor. São pontos de destaque, percepções sobre: Aumento do custo de vida, insegurança na moradia, piora na saúde mental, transportes mais acessíveis e eficiente, aumento da desigualdade, queda da confiança na governança. Mas também foram sinalizadas percepções positivas no sentido de preservar locais verdes, reforçar políticas sociais e de promoção dos espaços, continuação da construção de uma cidade mais compacta e que reduza a necessidade de transporte automotores e maior oportunidade, inclusão e justiça para todos.
Fase 2 — Desenvolvimento de Direções Emergentes
Esta fase, resumidamente permite o poder público alinhar expectativas e percepções aos objetivos provisórios estabelecidos na fase 1. Os resultados são sintetizados em três grandes ideias: Moradias mais equitativas e bairros completos, Uma economia que funciona para todos e Proteção Climática e Ecossistemas Restaurados — que serão trabalhadas nas fases seguintes.
Fase 3 — Política e Ideias de Uso da Terra
A partir das três ideias anteriores, serão construídas aqui como se dará o desenvolvimento de uma cidade melhor. Esta etapa atualmente está em construção, mas já pode ser visto que as decisões apontam para a priorização de moradias para pessoas que mais baixa renda na cidade, aumento da densidade em bairros menos adensados e desenvolvimento de economias locais a nível de bairro e acesso a alimentação, serviços e transporte público para atender as necessidades diárias. O produto dessa etapa será um esboço do plano que passará por críticas e sugestões na fase seguinte.
Fase 4 — Revisão e Plano Final
Essa é a fase de consolidação das metas e objetivos. Feitos os últimos ajustes finos, o próximo passo é a implementação.
[1] Disponível em: https://vancouver.ca/files/cov/Greenest-city-action-plan.pdf. Acessado em: novembro de 2021.
[2] Disponível em: https://bylaws.vancouver.ca/odp/odp-southeast-false-creek.pdf. Acessado em novembro de 2021
[3] Disponível em: https://vancouver.ca/home-property-development/utility-facts-and-presentations-in-depth.aspx. Acessado em: novembro de 2021.
[4] Disponível em: https://www.fvbenergy.com/projects/southeast-false-creek-neighbourhood-energy-utility. Acessado em: novembro 2021
[5] Disponível em: https://weecnetwork.org/greener-certified-vancouver-convention-centre. Acessado em: novembro de 2021
[6] Disponível em: https://vancouver.ca/streets-transportation/walk-bike-and-transit.aspx. Acessado em: novembro de 2021
[7] Disponível em; https://vancouver.ca/files/cov/2019-2020-transportation-snapshot.pdf. Acessado em: novembro de 2021
[8] Disponível em: https://council.vancouver.ca/20180516/documents/pspc2a.pdf. Acessado em: novembro de 2021
[9] Disponível em: https://jardimdomundo.com/hortas-urbanas-e-a-transformacao-de-vancouver-em-uma-cidade-mais-verde. Acessado em: janeiro de 2022
[10] Disponível em: https://vancouver.ca/files/cov/Greenest-city-action-plan.pdf. Acessado em: janeiro de 2022
[11] Disponível em: http://www.vancouveragreement.ca/wp-content/uploads/VA2010_Report_0810_15.pdf. Acessado em: janeiro de 2021
[12] Disponível em: https://vancouverplan.ca/. Acessado em: janeiro de 2022
[13] Disponível em: https://vancouverplan.ca/wp-content/uploads/PDS-Vancouver-Plan-Phase-1-Report-Appendix-A-RTS-13988.pdf. Acessado em: novembro de 2021
Conclusão
As discussões de como tornar a cidade mais sustentável em todo momento, faz-se necessário um poder público atuante que saiba levar a população temas como Planeamento, Tratamento de águas e Efluentes, Geração de energia, Mobilidade e Transportes, Disposição de resíduos sólidos, Emissão de gases poluentes e ruídos, Construção de espaços verdes, Produção de alimento e Convívio social, de uma maneira que todas as identidades daquela cidade estejam representadas e possam entender e contribuir de modo a se apropriar e se envolver em processos decisórios tão importantes para se construir uma cidade além de mais sustentável, mais inteligente, inclusiva, resiliente, circular, justa e educadora.
Com tudo isso que foi apresentado, desde a fundação do GreenPeace, passando pelos planos Expo 86, Nuvem de Mudanças, Acordo de Vancouver, Cidades mais Verdes, O Plano Vancouver e uma série de outras iniciativas de impactos mais locais e regionais, fazem de Vancouver um exemplo moderno de como se deve discutir as cidades e seus aspectos sociais, econômicos e ambientais, estejam eles envolvidos em um pacto de governança transparente com a finalidade de reconhecer seus defeitos, rediscutir e os aprimorar. Não se trata de uma tarefa fácil, mas para quem quer discutir um futuro promissor, Vancouver parece estar no caminho correto.